Frutos do Mar: Tudo o que você precisa saber!

Frutos do mar, e suas diversidades de elementos, mostra que o mar não é bom apenas para peixes, mas também para lulas, camarões, caranguejos e mexilhões.

Esses moluscos e crustáceos ganharam mesas em todo o mundo, superando a contaminação inacessível ou restrita de alimentos costeiros.

Há uma razão para esse cardápio.

São ingredientes que podem ser explorados em qualquer cozinha, casa, quiosque de praia ou até mesmo na sala de jantar mais refinada.

Então, os frutos do mar têm um belo valor nutricional: são uma fonte de proteínas, vitaminas e minerais.

E, nas últimas décadas, tanto a oferta quanto a demanda no planeta cresceram.

De acordo com o relatório Situação Mundial da Pesca e da Aquicultura de 2020 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a produção global de alimentos da aquicultura, que inclui peixes e frutos do mar em cativeiro, aumentou 527% por quase 30 anos.

Isso impulsionou o consumo, que cresceu 122% no mesmo período.

Segundo a FAO, hoje a ingestão per capita mundial é de 20,5 kg por ano.

Embora a costa do Brasil tenha cerca de 11.000 quilômetros de extensão, o país consome metade da média global do que vem da água.

São 10 kg por ano.

No entanto, tudo aponta para o fato de que a pandemia esquentou o setor.

Os produtores relataram um aumento significativo na demanda, principalmente dos varejistas.

Com os restaurantes fechados ou restritos, as pessoas estavam tentando preparar mais refeições em casa.

É neste contexto que os peixes e mariscos se encaixam.

Para atender a esses públicos, as empresas do setor apostaram mais na versão congelada e precisaram buscar novos canais de vendas, como o e-commerce.

Além de um pacote mais atrativo para o público eventual, muitos começam a investir em peças menores e quase prontas.

Índice

Na onda nutricional

Em geral, o conteúdo nutricional dos frutos do mar é semelhante.

Além de ser uma boa fonte de proteína, elas também são ricas em ferro, que ajuda a prevenir problemas como anemia, e zinco, mineral que ajuda a manter a regulação hormonal e metabólica.

Eles também são mais ricos em ômega-3 em comparação com outros alimentos de origem animal.

Também está presente a vitamina D, importante para os ossos e para a imunidade.

Claro que na área dos mariscos também há características especificas, como por exemplo, as ostras fornecem muito iodo.

É recomendado para pessoas que sofrem de hipotireoidismo devido à falta deste mineral.

Por outro lado, os mexilhões são ricos em vitamina B12 e são uma adição bem-vinda ao sistema nervoso.

Caranguejos e siris são carnes magras ricas em ferro e zinco.

Por outro lado, embora os camarões forneçam uma boa nutrição, eles têm uma dose de colesterol.

Por mais que ele não estimule a produção de colesterol orgânico, vale a pena controlar a quantidade.

Esta informação é especialmente relevante para pessoas com maior risco cardiovascular.

Um problema que tem para os camarões envolve a contaminação de metais pesados ​​como chumbo e mercúrio, que são prejudiciais à saúde em grandes quantidades.

Alguns predadores no topo da cadeia alimentar, como certos tipos de atum, acumulam esses metais ao longo do tempo.

Mas como os camarões têm vida curta e geralmente não são uma proteína consumida diariamente, essas quantidades não são perigosas para a saúde humana.

As conchas de crustáceos, por outro lado, contêm quitosana, substância que absorve gordura no intestino e pode ter efeitos adversos, como alterar o ritmo de ir ao banheiro.

Um fato importante que não pode ser deixado de lado, quando se fala em frutos do mar é que eles fazem parte da lista dos alimentos mais alergênicos, que ainda inclui leite, trigo e oleaginosas.

Quando for consumi-los pela primeira vez, o ideal é saboreá-los em pequenas quantidades.

Se sentir alguma reação do tipo coceira em todo o corpo e inchaço ao redor da língua ou dos olhos, pare de comer imediatamente.

Lembre-se também que as alergias podem ser genéticas, se alguém da sua família tiver alergia a frutos do mar, você pode prestar atenção extra e consultar seu médico para um teste de sensibilidade.

Mercado

527% é o aumento na produção global de peixes da aquicultura entre 1990 e 2018.

179 milhões de toneladas foram capturadas somente em 2018.

122% é a magnitude do crescimento do consumo mundial nos últimos 30 anos.

39% é o aumento das importações chinesas de pescado em 2019.

Ela é a maior consumidora do planeta.

20,5 kg é o consumo per capita de peixes e frutos do mar no mundo, cerca de 10 kg no Brasil.

Cuidado com o que você compra

Na hora de comprar frutos do mar, a regra básica é saber de onde vem.

Mais importante, precisamos saber de quem estamos comprando.

Com a pandemia, vários vendedores que trabalhavam apenas com restaurantes também passaram a vender para o público.

O peixe congelado vendido no supermercado costuma ser uma opção mais acessível, pois nem todos têm a sorte de morar perto da praia ou curtir a peixaria ao lado.

Os frutos do mar têm um conteúdo nutricional estável que não são perdidos durante o processo de congelamento.

Apenas tome cuidado após a compra, e transporte o produto em uma bolsa isolada para evitar a degradação devido a temperaturas elevadas.

Ostras e mexilhões devem ter cuidados redobrados.

Como esses moluscos são agentes filtradores do oceano, eles precisam estar em água limpa e em um ambiente mais controlado.

Por isso não é indicado pescar os mariscos direto da praia.

Se estiverem perto de poços ou áreas de água suja, podem transportar micróbios que podem causar intoxicação alimentar.

Por exemplo, as conchas podem ficar lá por até uma semana antes de chegar à mesa do cliente.

Tudo isso tem quer ser mais controlável pois se reflete até no sabor dos pratos.

O que muitas pessoas ainda não sabem, é que os frutos do mar oferecem uma infinidade de possibilidades culinárias.

Eles variam de lula empanada e frita servida na praia a pratos delicados com lagosta.

Além de cozinharem mais rápido que outras proteínas animais, esses alimentos não precisam de muitos suplementos para brilhar.

Ou seja, quando são consumidos crus, basta acrescentar um pouco de molho de soja ou limão.

Mas é preciso ressaltar que, se você deseja manter uma alimentação balanceada, precisa ficar atento ao preparo e à composição.

Frituras pedem moderação, assim como receitas como tortas de caranguejo.

Que pode conter creme de leite e migalhas de pão e é rico em calorias.

Aproveite esta dica: use ervas frescas com um fio de azeite e vinho branco.

Dicas de especialistas

Na hora de comprar frutos do mar, algumas informações e instruções são necessárias:

Verifique a origem, encontre fornecedores confiáveis ​​que possam atestar a qualidade e o frescor do produto.

No caso de produtos congelados, verifique se a embalagem está intacta e se há selos de fiscalização federal ou estadual.

Escolha os inteiro, até mesmo as peles de peixe e as cascas duras e brilhantes mostram que os frutos do mar estão no seu estado mais fresco.

Evite versões limpas e em porções, pode haver uma mistura de itens antigos e novos.

Eleve os seus sentidos, marisco fresco tem uma carne firme com um aroma marinho deliciosamente doce.

Se eles têm um odor desagradável de brisa do mar, eles não são comestíveis.

Use bolsas térmicas ao fazer compras, leve uma sacola para transportar alimentos, sejam eles frescos ou congelados.

Mantenha a temperatura baixa para que não estraguem.

Não demore muito para preparar.

Por serem perecíveis, é melhor preparar em 24 horas quando comprados frescos.

Senão, congele-os separadamente para evitar que o excesso de água se acumule ao redor deles.

Respeito à natureza, confira a sazonalidade dos frutos do mar.

Certifique-se de que os crustáceos ou moluscos não estejam em época de reprodução.

Do lado ambiental

Embora os frutos do mar sejam uma comida deliciosa, e uma opção saudável à mesa, considerando os cuidados listados, não podemos ignorar o fato de que sua cadeia produtiva envolve questões difíceis e polêmicas.

Principalmente no caso do Brasil que é um ambientes tropical, onde a maioria das pescarias é multiespecífica.

Isso significa que, além das espécies que serão vendidas, golfinhos, tartarugas e baleias também podem acabar nas redes de pesca.

Diante da pesca predatória, que também desafia a reposição natural de animais comerciais, uma das soluções propostas é a aquicultura, prática que surgiu nos últimos anos.

Tornou-se a principal fonte mundial de peixes e frutos do mar consumidos desde 2016 e deve crescer 32% até 2030, segundo estimativas da FAO.

A aquicultura fornece previsibilidade, de forma que a captura de cada espécie pode ser determinada.

Ao colocar as larvas de camarão e ostras em um tanque, você terá camarão e ostras em poucos meses.

Portanto, os preços são mais estáveis ​​para os consumidores.

Embora o método da aquicultura possa ser considerada uma forma mais sustentável de produção de proteína animal do ponto de vista da segurança alimentar, esse método também apresenta riscos ao meio ambiente.

No caso do camarão, a maioria das lagoas são construídas em áreas de mangue degradadas.

A restauração dessas regiões ajudou a capturar o dióxido de carbono (CO2) atmosférico, um dos gases que contribui para as mudanças climáticas.

Outro fato destacado, são as alterações na água do tanque devido ao uso de ração ou antibióticos pelos camarões.

A cadeia produtiva do camarão é um item à parte no debate sobre sustentabilidade, e os crustáceos estão entre os frutos do mar mais populares.

Enquanto os animais obtidos através da pesca são os favoritos entre os cozinheiros, a captura também pode ter um impacto ambiental.

Como os camarões vivem no fundo do mar, as redes de pesca devem ser coladas à superfície e arrastadas com tudo o que estiver em seu caminho.

Com isso, se houver algum contaminante naquele local, você poderá disponibilizá-lo novamente na coluna d’água.

Hoje, muito se discute sobre a pesca predatória ao invés da pesca sustentável, que ainda contrapõe a produção em escala industrial e tem como adversários a subsistência e o pequeno comércio.

Os biólogos acreditam que é possível equilibrar os modelos e chegar a uma solução ganha-ganha.

Se o homem, como predador controlado, souber manejar as épocas de pesca, números de barcos, artes, além de respeitar o tamanho mínimo e número máximo de cada espécie, ele colaborará para melhorar o ecossistema.

Quando um pescador cruza a linha e recolhe do mar mais do que merece, a população de certas espécies diminui ao longo do tempo.

De acordo com uma pesquisa da FAO, a porcentagem de estoques de peixes caiu de 90% em 1990 para 65,8% em 2017.

Consumidor analise mais um ponto na hora da compra, a origem dos crustáceos e moluscos, se são bem criados e capturados, do tamanho certo, e fora do período de defeso, quando a pesca é inviável para a criação de animais .

No entanto, mesmo que as empresas comecem a movimentar e colocar essas informações nas embalagens, o Brasil ainda apresenta algumas deficiências na geração de dados para esse segmento.

Há mais de uma década não temos novos dados e registros para todo o setor no país.

Queremos que o público tenha acesso a essas informações para que tenham a oportunidade de fazer melhores escolhas.

Órgãos de inspeção, institutos de pesquisa e empresas estão comprometidos em impulsionar a indústria a continuar em um caminho sustentável.

Isso envolve proteger os ecossistemas, bem como proporcionar condições de trabalho dignas para os profissionais da pesca.

Dessa forma, o mar poderá continuar a servir peixes, lulas, camarões e companhia – e as nossas mesas também.

Com vocês, os frutos do mar

Esses são os mais consumidos e apreciados pelo país

Camarão

Os mais populares no litoral do Brasil são o camarão-rosa e o sete-barbas, ambos da pesca.

A maior parte do camarão cinza cultivado vem do Nordeste.

Em casa, você pode cozinhá-lo em uma panela quente por um minuto ou dois.

Outro truque é cozinhá-lo rapidamente em caldos como dashi e vinho branco.

Desta forma, pode ser servido quente ou frio na preparação de saladas.

Fique de olho no cozimento do camarão, pois é fácil de passar do ponto.

Lula

É um molusco cefalópode encontrado principalmente no sul e sudeste.

Além de ser um ponto focal para a pesca, também pode cair nas redes enquanto captura outros peixes.

Os nutricionistas enfatizam proteínas de alta qualidade, sem gordura e boa digestibilidade.

Uma possibilidade é assar por três a quatro minutos com a pele.

A outra é descascar, cortar em anéis e cozinhar por muito tempo.

Isso o torna uma ótima base para um vinagrete com cebola, alho, aipo e legumes.

Polvo

Da mesma forma que a lula, o polvo é um molusco cefalópode comumente capturado nas regiões sul e sudeste do país.

Ao contrário de outros frutos do mar, a preparação requer habilidade.

A água do cozimento deve ser tão salgada quanto o mar, e temperos como limão e cebola devem ser adicionados.

Depois de ferver, mergulhe os tentáculos três vezes seguidas para mantê-los mais apertados.

Para obter tentáculos macios, que podem ser assados ​​ou usados ​​como base para preparações como o caldo de arroz, basta uma hora de cozimento.

Sempre use fogo médio e nunca use uma panela de pressão, pois a pele derreterá.

Caranguejo e siri

O caranguejo-uçá é o crustáceo mais comum no Brasil.

Como o siri, uma espécie menor de caranguejo, encontrada em áreas de mangue.

Caranguejos e siris cozidos não são nenhum segredo.

Basta mergulhá-los em uma panela com água fervente, limão, cebola e ervas, tampe e deixe descansar por 10 a 20 minutos.

A parte mais difícil é descascar e picar a carne.

Com o caranguejo desfiado, uma salada pode ser preparada e colocada na casca.

Algumas pessoas gostam de descascar e comer animais inteiros e, para isso, um martelo é uma ferramenta muito útil na mesa de jantar.

Mexilhão

Comumente referido como um marisco, é um molusco bivalve que se alimenta filtrando o fitoplâncton e a matéria orgânica da água do mar.

Seu habitat natural são as rochas e corais, mas a maioria dos mexilhões é oriunda da aquicultura, com produção em cativeiro concentrada em Santa Catarina.

Além dos frutos do mar produzidos localmente, também podem ser encontradas versões importadas do Chile.

Para preparar, basta refogar a cebola e o alho, adicionar uma pitada de vinho branco, adicionar as conchas e tampar a panela.

Após cerca de três minutos, eles serão abertos.

Em seguida, finalize com um punhado de salsinha.

As conchas fechadas podem ser descartadas, pois não são comestíveis.

Ostra, berbigão e vieira

Eles também vêm de moluscos bivalves e aquicultura.

Usar conchas requer alguns cuidados.

As ostras podem ser consumidas gratinadas ou cruas com sumo de limão, sendo necessário algum conhecimento técnico para evitar lesões.

Os berbigões devem ser cozidos.

Primeiro, você precisa mergulhá-los em uma solução de água e 3% de sal para reproduzir o ambiente marinho.

Desta forma, eles vão expulsar a areia dentro da concha.

Em seguida, faça um refogado semelhante aos mexilhões.

Você pode servir com macarrão.

Quanto às vieiras, abra-as, retire o coral e coma a parte branca, o músculo.

Pode ser cru ou assado por um minuto na panela.

Lagosta

A mais comum na costa do Brasil é a lagosta, que é capturada principalmente no nordeste.

As propriedades nutricionais são muito semelhantes às do camarão, e a produção é relativamente simples.

Depois de retirar a cabeça e manter a cauda, ​​vale a pena cortá-la ao meio com a ajuda de uma tesoura.

Em seguida, toste as porções em uma panela com azeite, sal e pimenta-do-reino.

O truque é grelhar a lagosta em sua casca para manter sua forma.

Pode ser servido de várias maneiras, mas combina bem com saladas ou no lugar de frango em uma salada Caesar.

Dito isto, você pode até fazer e saborear em casa.

Boa fonte de nutrição e dona de sabores únicos, popularizada pela abundância de versatilidade na cozinha.

 

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