A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa declínio cognitivo que reduz a capacidade para o trabalho e as relações sociais.
Com o tempo, também interferirá no comportamento e na personalidade das pessoas, resultando em consequências como perda de memória.
No início, o paciente pode até se lembrar de acontecimentos muito antigos, mas eventualmente esquecerá algo simples, como uma refeição que acabou de fazer.
À medida que a doença progride, a doença de Alzheimer tem um grande impacto na vida diária de uma pessoa.
Afetando a capacidade de aprender, focar, orientar, compreender e falar.
A pessoa torna-se cada vez mais dependente de outros para ajudar, mesmo com a vida diária básica, como higiene pessoal e alimentação.
A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, um grupo de distúrbios cerebrais que levam à perda de habilidades intelectuais e sociais.
Na doença de Alzheimer, as células cerebrais degeneram e morrem, resultando em um declínio persistente na memória e na função mental.
A gravidade da demência começa desde o estágio mais leve, quando está apenas começando a afetar o funcionamento de uma pessoa.
Até o estágio mais grave, o paciente é completamente dependente de outras pessoas para as atividades básicas da vida diária.
Índice
Fases do Alzheimer
A doença de Alzheimer é caracterizada pelo agravamento progressivo dos sintomas.
No entanto, muitos pacientes podem experimentar períodos mais estáveis.
A evolução dos sintomas de Alzheimer pode ser dividida em três fases:
Estágio inicial
O estágio inicial raramente é notado.
Parentes e amigos, e às vezes profissionais, veem isso como velhice, apenas uma fase normal do processo de envelhecimento.
Como o início da doença é gradual, é difícil identificar exatamente quando a doença começou.
No entanto, os sintomas iniciais são:
Problemas fala.
Tem perda de memória grave, especialmente do que acabou de acontecer.
Não sabe a hora ou o dia da semana.
Perder-se em lugares familiares.
Dificuldade em tomar decisões.
Inativo ou desmotivado.
Alterações de humor, depressão ou ansiedade.
Reage com raiva ou agressividade incomum em certas situações.
Perda de interesse em hobbies e outras atividades.
Estágio intermediário
À medida que a doença progride, as limitações tornam-se mais claras e mais graves.
As pessoas com demência têm dificuldade na vida diária.
Pode se tornar muito esquecido, especialmente com eventos recentes e nomes de pessoas.
Não pode mais viver sozinho, sem problemas.
Incapaz de cozinhar, limpar ou fazer compras.
Pode tornar-se extremamente dependente de familiares e cuidadores.
Precisa de ajuda com a higiene pessoal, ou seja, lavar e vestir-se.
O progresso da fala é difícil.
Há problemas com o comportamento ordenado, como problemas de repetição, gritos, apego e distúrbios do sono.
Perde-se tanto em casa como fora.
Pode alucinar e ver ou ouvir coisas que não estão lá.
Estágio avançado
No estágio avançado está mais próximo de ser completamente dependente e inativo.
O comprometimento da memória é grave e os aspectos físicos da doença tornam-se mais pronunciados.
A pessoa pode ter:
Dificuldade para comer.
Incapaz de se comunicar.
Não reconhece parentes, amigos e objetos familiares.
Dificuldade em entender o que está acontecendo ao seu redor.
Dificuldade para andar.
Dificuldade de engolir.
Há incontinência urinária e incontinência fecal.
Exibe comportamento inadequado em público.
Restrito a cadeira de rodas ou cama.
Tipos
O Alzheimer pode ser classificado em dois tipos:
Alzheimer de início precoce
A doença de Alzheimer não é apenas uma doença da velhice.
Muitas pessoas com início precoce estão entre seus 40 e 50 anos.
A doença de Alzheimer em estágio inicial, também conhecida como doença de Alzheimer de início precoce, afeta pessoas com menos de 65 anos.
Estudos mostram que dos mais de 5 milhões de americanos com doença de Alzheimer, até 5% têm um início precoce.
Alzheimer de início tardio
O início tardio é caracterizado quando os sintomas se manifestam após os 65 anos, sendo os casos mais frequentes.
Nesses casos, evolui lentamente por deterioração da memória.
Causas
Estudiosos acreditam que, para a maioria das pessoas, a doença de Alzheimer é causada por uma combinação de fatores genéticos.
Estilo de vida e fatores ambientais que afetam o cérebro ao longo do tempo.
A causa da doença de Alzheimer é desconhecida, mas seus efeitos impressionam os pacientes.
Geralmente afeta a população idosa, embora casos tenham sido relatados em pessoas mais jovens.
Os cientistas conseguiram identificar o componente genético do problema, mas estão longe de uma solução.
Embora a causa da doença de Alzheimer não seja totalmente compreendida, seus efeitos no cérebro são claros.
A doença de Alzheimer danifica e mata as células cerebrais.
Os cérebros afetados pela doença de Alzheimer têm muito menos células e menos conexões entre as células sobreviventes do que os cérebros saudáveis.
A doença de Alzheimer faz com que o cérebro encolha significativamente à medida que mais células cerebrais morrem.
Quando os médicos examinam o tecido cerebral de Alzheimer sob um microscópio, eles veem duas anormalidades que são consideradas características da doença:
Placas: Esses aglomerados de proteínas chamados beta-amilóide podem danificar e destruir células cerebrais de várias maneiras.
Incluindo interferência na comunicação intercelular.
Embora a causa final da morte das células cerebrais na doença de Alzheimer seja desconhecida, o acúmulo de beta-amilóide na parte externa das células cerebrais é o principal suspeito.
Emaranhados: As células cerebrais dependem de suporte interno e sistemas de transporte para transportar nutrientes.
E outras substâncias essenciais ao longo de seus longos comprimentos.
Este sistema requer a estrutura e função normais de uma proteína chamada tau.
Fatores de risco
Como mencionado anteriormente, a causa da doença de Alzheimer não foi comprovada.
No entanto, os cientistas acreditam que certos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como:
Idade
O aumento da idade é o maior fator de risco conhecido para a doença de Alzheimer.
O Alzheimer não faz parte do envelhecimento normal, mas após os 65 anos o risco aumenta significativamente.
Após os 60 anos, a incidência de demência dobra a cada década.
Pessoas com raras alterações genéticas ligadas ao início precoce da doença de Alzheimer começam a apresentar sintomas já aos 30 anos.
Histórico familiar e genética
O risco de ter Alzheimer parece ser ligeiramente maior se um parente de primeiro grau (seu pai ou irmão) tiver a doença.
Os cientistas identificaram alterações raras em três genes que praticamente garantem que as pessoas que as herdam desenvolverão a doença de Alzheimer.
Mas essas mutações causam menos de 5% da doença de Alzheimer.
Os mecanismos genéticos da doença de Alzheimer na maioria das famílias permanecem em grande parte inexplicados.
O gene de risco mais forte que os pesquisadores identificaram até agora é a apolipoproteína, embora nem todos que a carregam desenvolverão a doença.
Outros genes de risco foram identificados, mas não confirmados de forma conclusiva.
Comprometimento cognitivo leve
Pessoas com comprometimento cognitivo leve têm problemas de memória ou outros sintomas de declínio cognitivo.
Isso é pior do que o esperado para sua idade, mas não o suficiente para ser diagnosticado com demência.
Pessoas com comprometimento cognitivo leve têm um risco aumentado de desenvolver demência mais tarde na vida, mas é incerto.
Tomar medidas nesta fase para desenvolver um estilo de vida saudável e estratégias para compensar a perda de memória pode ajudar a retardar ou prevenir a progressão da demência.
Estilo de vida e saúde do coração
Nenhum fator de estilo de vida foi definitivamente demonstrado para reduzir o risco de doença de Alzheimer.
Entretanto, algumas evidências sugerem que os mesmos fatores que o colocam em risco de doença cardíaca também podem aumentar suas chances de desenvolver a doença de Alzheimer.
Isso incluem:
Falta de exercício.
Fumar ou exposição ao fumo passivo.
Pressão alta.
Colesterol alto no sangue.
Diabetes tipo 2 mal controlado.
Uma alimentação sem frutas e legumes.
Esses fatores de risco também estão associados à demência vascular, um tipo de demência que resulta de danos aos vasos sanguíneos no cérebro.
Sintomas de Alzheimer
Os primeiros sintomas são o aumento do esquecimento ou confusão leve, que podem ser os únicos sintomas da doença que você percebe.
Mas com o tempo, a doença pode roubar mais de suas memórias, especialmente as recentes.
A rapidez com que os sintomas pioram varia de pessoa para pessoa.
Se você tem Alzheimer, pode ser a primeira pessoa a perceber que tem uma dificuldade excepcional em lembrar de coisas e organizar seus pensamentos.
Ou, mesmo que sua família, amigos próximos ou colegas percebam as mudanças, você pode não perceber que há um problema.
Alterações cerebrais associadas à doença de Alzheimer levam a um número crescente de problemas como:
Memória
Todo mundo tem lapsos de memória ocasionais.
É normal esquecer onde estão suas chaves ou o nome de um conhecido.
Mas a perda de memória associada à doença de Alzheimer persiste e piora, afetando sua capacidade de funcionar no trabalho e em casa.
Pessoas com Alzheimer podem:
Repetir declarações e perguntas várias vezes sem perceber que já fizeram a pergunta antes.
Esquece conversas, compromissos ou eventos.
Perde-se em lugares familiares.
Eventualmente, irá esquecer os nomes dos membros da família e itens do dia a dia.
Não consegue encontrar as palavras certas para identificar um objeto, expressar uma ideia ou iniciar uma conversa.
Pensamento e raciocínio
A doença de Alzheimer dificulta a concentração e o pensamento, especialmente sobre conceitos abstratos como números.
A multitarefa é especialmente difícil, e gerenciar finanças, e pagar contas em dia pode ser um desafio.
Essas dificuldades podem evoluir para uma incapacidade de reconhecer e processar números.
Planejando e executando tarefas familiares
À medida que a doença progride, as atividades diárias que exigem etapas sequenciais, como planejar e cozinhar refeições ou jogar um jogo favorito, podem se tornar difíceis.
Eventualmente, as pessoas com Alzheimer avançado podem esquecer como realizar tarefas básicas, como vestir-se e tomar banho.
Mudanças na personalidade e comportamento
As alterações cerebrais que ocorrem na doença de Alzheimer podem afetar a maneira como você se comporta e se sente.
Pessoas com Alzheimer podem ter:
Depressão.
Apatia.
Retraimento social.
Mudanças de humor.
Desconfiança nos outros.
Irritabilidade e agressividade.
Mudanças nos hábitos de sono.
Hábito de vagar.
Perda de inibições.
Delírio, como acreditar que algo foi roubado.
Muitas habilidades importantes não são perdidas até mais tarde na doença.
Isso inclui a capacidade de ler, dançar e cantar, apreciar música antiga, praticar artesanato e hobbies, contar histórias e lembrar.
Isso porque as informações, habilidades e hábitos aprendidos no início da vida estão entre as últimas habilidades perdidas à medida que a doença progride.
As partes do cérebro que armazenam essas informações tendem a ser afetadas mais tarde na doença.
O aproveitamento dessas habilidades pode promover o sucesso e manter a qualidade de vida, mesmo nos estágios moderados da doença.
Pessoas com doença de Alzheimer precisam de supervisão 24 horas, mesmo que pareçam saudáveis.
Em média, a doença se desenvolve dentro de 5 a 10 anos.
Buscando ajuda médica
A ajuda médica é importante para garantir a qualidade de vida das pessoas com Alzheimer, pois o tratamento retarda a progressão da doença.
Diagnosticar alguém com Alzheimer não é tarefa fácil.
As vezes a família do paciente acredita que é apenas um problema da velhice e não procura ajuda especializada.
Quando os sintomas de Alzheimer são notados, os portadores geralmente os escondem por vergonha.
As famílias precisam estar cientes de que, caso percebam algo incomum, devem encaminhar o idoso para a unidade médica mais próxima, mesmo que não tenham geriatra ou neurologista.
Especialistas que podem diagnosticar a doença de Alzheimer incluem:
Clínico geral.
Neurologista.
Geriatra.
Psiquiatra.
Diagnóstico de Alzheimer
É necessário distinguir o esquecimento normal das manifestações mais graves e frequentes, que são sintomas da doença.
Só porque uma pessoa é mais velha não significa que ela não vai se lembrar do que é importante.
Na demência da doença de Alzheimer, geralmente são observados um início lento dos sintomas, meses ou anos, e uma deterioração progressiva da função cerebral.
A certeza diagnóstica só pode ser obtida pelo exame microscópico do tecido cerebral post-mortem dos pacientes.
Até o momento, esse exame não era indicado por apresentar risco ao paciente.
Na prática, o diagnóstico da doença de Alzheimer é clínico.
Dito isto, cabe à avaliação do médico, que o médico definirá com base no exame e no histórico médico do paciente, que é a principal suposição por trás da causa da demência.
O acompanhamento médico é essencial para identificar corretamente a presença ou ausência da doença de Alzheimer.
Outras condições, como pressão alta, que dificulta o fornecimento de oxigênio ao cérebro, também podem levar a problemas de memória e sintomas de demência.
Existem também demências tratáveis, como as causadas pelo hipotireoidismo.
Exames
Dentre os principais exames complementares utilizados na rotina básica para investigação de pessoas com demência, como Alzheimer, destacam-se:
Teste de sangue.
Imagem cerebral.
Em casos selecionados, a remoção de fluido da coluna também é necessária.
Testes mais complexos, como imagens funcionais do cérebro, geralmente não são necessários.
Tratamento de Alzheimer
O SUS oferece rivastigmina, galantamina e donepezil, os principais medicamentos utilizados no tratamento da doença de Alzheimer, por meio de um programa especial de medicamentos.
Lembre-se de que os medicamentos não impedem a progressão de uma doença e não há cura para essa doença.
Os medicamentos para demência são úteis nos estágios iniciais e só podem melhorar ou retardar os efeitos da doença de Alzheimer.
Tratamento dos distúrbios de comportamento
Para controlar a confusão e a agressividade, são usados neurolépticos atípicos.
Embora esses sintomas possam ser difíceis de controlar, mesmo com esses medicamentos.
Aqui, é importante enfatizar a importância de evitar drogas que possam prejudicar ainda mais a função intelectual ou cognitiva nesses indivíduos.
Portanto, é imperativo que os médicos entendam os medicamentos que os pacientes de Alzheimer estão tomando.
Depressão e distúrbios do sono também devem ser tratados com medicamentos específicos.
Tratamento específico
Tem como objetivo melhorar os déficits de memória corrigindo desequilíbrios químicos no cérebro.
Medicamentos como rivastigmina, donepezil (Eranz) e galantamina (Reminyl) podem funcionar melhor nos estágios iniciais da doença até o estágio intermediário.
No entanto, seus efeitos podem ser temporários, pois, infelizmente, a doença de Alzheimer continua a se desenvolver.
Esses medicamentos apresentam efeitos colaterais, principalmente estomacais e cardíacos, que inviabilizam seu uso.
Há também o fato de que apenas um subconjunto de adultos mais velhos realmente melhora após o uso desses medicamentos, chamados anticolinesterases.
Dito isto, não se resolve em todos os idosos com demência.
Outra droga geralmente prescrita para doença moderada e avançada é a memantina, que age de forma diferente dos anticolinesterásicos.
A memantina é um antagonista não competitivo dos receptores de glutamato NMDA e é frequentemente usada em combinação com anticolinesterases.
Alzheimer tem cura?
Até o momento, não há cura para a doença de Alzheimer.
Os avanços médicos permitiram que os pacientes tivessem maior sobrevida e melhor qualidade de vida, mesmo em estágios graves da doença.
Os estudos fizeram progressos na compreensão dos mecanismos que levam à doença e no desenvolvimento de tratamentos.
O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas existentes.
Estabilizá-los, ou pelo menos fazer a doença progredir mais lentamente em uma grande proporção de pacientes.
Encontrar maneiras de permanecer independente por mais tempo nas atividades da vida diária.
Complicações possíveis
Perda de memória e linguagem, julgamento prejudicado e outras alterações cognitivas causadas pela doença de Alzheimer podem complicar o tratamento de outras condições de saúde.
Pessoas com doença de Alzheimer podem não ser capazes de dizer que estão com dor.
Relatar sintomas de outra doença.
Seguir um plano de tratamento prescrito.
Observar ou descrever os efeitos colaterais dos medicamentos
À medida que a doença de Alzheimer progride para um estágio avançado, mudanças no cérebro começam a afetar as funções corporais.
Como deglutição, equilíbrio e controle da bexiga.
Esses efeitos podem aumentar a vulnerabilidade a outros problemas de saúde, como:
Pneumonia e outras infecções.
Quedas.
Fraturas.
Escaras.
Desnutrição ou desidratação.
Convivendo com a doença
Quanto mais a doença de Alzheimer afeta seu corpo, mais propenso o individuo fica a se retirar completamente de sua vida social.
As famílias e a sociedade podem dar um grande apoio às pessoas com doença de Alzheimer.
A Associação de Alzheimer do Brasil (Abraz) é constituída pelos familiares dos pacientes, com a ajuda de diversos profissionais, incluindo médicos e terapeutas.
A associação promove encontros familiares para trocar experiências, aprender a cuidar e compreender a doença e seu impacto na vida dos idosos.
Mesmo que haja desgaste, a família pode entender que se o paciente tem uma doença incurável, pelo menos ainda pode receber cuidados e amor.
Cuidando de quem tem Alzheimer
Ainda não há forma de prevenção para o mal de Alzheimer incurável.
Mas você pode adotar bons hábitos, como:
Ler constantemente.
Praticar aritmética.
Jogar jogos inteligentes.
Participar de atividades em grupo.
Os médicos acreditam que manter uma atitude positiva e uma boa vida social pode pelo menos retardar o aparecimento da doença.
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