Médicos e outros profissionais de saúde definem a incontinência urinária como a perda involuntária de urina.
Em outras palavras, é o escape da urina sem nenhum controle. A condição afeta 25% a 40% das mulheres e até 15% dos homens.
Além dos músculos responsáveis pelo controle da micção (o esfíncter), a condição também está associada a problemas envolvendo a bexiga, os músculos pélvicos (órgãos que sustentam a bexiga, o útero, a próstata e a última parte do intestino).
A razão por trás da incontinência urinária deve ser determinada e deve ser investigada com um urologista ou ginecologista.
E, sim, a condição está diretamente associada à piora da qualidade de vida.
O que você precisa saber sobre perda de urina
Cerca de 30% das pessoas com incontinência sofrem de depressão ou ansiedade.
Os pacientes relatam vergonha, desconforto, perda emocional, insegurança e até culpa.
Quanto maior a intensidade, maiores as barreiras sociais e psicológicas.
Os indivíduos acabam se afastando dos demais, evitando locais públicos, podem apresentar dificuldades nas atividades ocupacionais e podem necessitar de fraldas ou absorventes.
Existem basicamente dois tipos de incontinência: a de esforço e de urgência.
Primeiro, a incontinência ocorre involuntariamente ao se exercitar, tossir, espirrar e carregar peso.
Em segundo lugar, os sujeitos ao sentirem vontade de urinar precisam ir ao banheiro rapidamente; caso contrário, ocorre a perda de urina.
A incontinência urinária é mais comum com o avanço da idade.
Pesquisas mostram que após os 80 anos, mais de 50% dos homens e mulheres relatam graus variados de problemas.
Mas temos boas notícias: existem muitas opções de tratamento disponíveis.
Fisioterapia, medicação e cirurgia podem curar ou melhorar significativamente a condição.
No entanto, é preciso eliminar o preconceito e o medo, procurar ajuda médica, diagnosticar a causa e determinar o tratamento.
Causas da Incontinência Urinária
A micção é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser afetada nas seguintes situações:
- Danos ao esfíncter ou aos músculos do assoalho pélvico;
- Gravidez e parto;
- Tumores malignos e benignos;
- Doenças que comprimem a bexiga;
- Obesidade;
- Tosse crônica em fumantes;
- Doença pulmonar obstrutiva que produz pressão abdominal;
- Bexiga hiperativa que se contrai independentemente da vontade do portador;
- Infecção do trato urinário;
- Constipação;
- Estresse emocional;
- A irradiação pode danificar o nervo do esfíncter masculino.
Em alguns casos, a incontinência urinária pode resultar de cirurgia e radioterapia para tratar outras condições.
A intervenção cirúrgica para câncer de próstata (prostatectomia) resulta em perda do controle urinário em 5% dos pacientes cirúrgicos.
Mesmo com o surgimento da cirurgia robótica moderna, os riscos permanecem.
Mas, novamente, a boa notícia é que existe uma cura! A população precisa saber disso.
Por isso, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU-SP) e outras entidades realizam campanhas de conscientização.
Os médicos têm a responsabilidade de perguntar aos pacientes, especialmente aos idosos, se os sintomas estão presentes.
A conversa franca pode ajudar a entender a causa e indicar o tratamento.
É preciso entender de uma vez por todas que a incontinência urinária é anormal em qualquer idade e pode impactar negativamente na qualidade de vida.
Mas, felizmente, há uma solução!
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